sexta-feira, 30 de outubro de 2020

O castelo de Castro Marim, a sua sala de torturas e o museu de arqueologia... (Parte I)

 Em 2018, numa das muitas visitas a Castro Marim decidi aprofundar, fotograficamente, melhor o que a história nos tinha para contar no espaço temporal que medeia o Período Neolítico e a Idade Meia, no castelo localizam-se por isso dois núcleos museológicos, o arqueológico e o da inquisição. Com uma leitura  complementar ficamos a saber que por aqui passaram, além dos povos do período do neolítico,  passaram fenícios, cartagineses, gregos, romanos, visigodos e árabes. 

castelo de Castro Marim edificado possivelmente sobre um castro ou povoado do período neolítico e, posteriores ocupações até ser definitivamente ocupado pelos portugueses após a conquista desta praça forte por D. paio Peres Correia em 1242.

É-lhe concedida cartas de foral nos anos de 1277, D. Afonso II, em 1282, por D. Dinís, que reforça as muralhas, ampliando o castelo com a muralha de fora, em 1504, D. manuel doa-lhe nova carta de foral, sofre de novo obras de restauro.
Foi também sede da Ordem de Cristo entre 1319 e 1358 por desejo de D. Dinís, ano em que foi por indicação de D. Pedro I transferida para Tomar.


Já chega de história vamos lá á visita, começamos pelo núcleo museológico que nos mostra as barbaridades aplicadas pela Igreja durante a Inquisição, actualmente noutro polo museológico dentro do castelo, no paiol.

Vamos entrar na antiga igreja do castelo, a Igreja de Santiago, hoje local onde se encontra o legado funesto da Inquisição.
Na igreja de Santiago encontra-se por esta altura uma exposição relacionada com a Ordem de Cristo, que teve no castelo de Castro Marim a sua primeira sede.
As imagens dispensam comentários, dada a sua demonstração de violência, é só uma pequena parte do espólio.









Na segunda parte iremos ver o núcleo museológico de arqueologia, as muralhas do castelo e a zona envolvente com as suas salinas e sapai, à distância de um clic.
Fiquem bem e cuidem-se ...

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Sítio Arqueológico do Alto da Vigia na Praia das Maçãs - Colares/Sintra

O Sítio Arqueológico do Alto da Vigia, contem as ruínas de um Santuário Romano dedicado na antiguidade pelos romanos primeiramente ao Sol e ao Mar, e mais tarde por conveniência à Lua, localizado num promontório entre a praia das Maçãs e a praia Pequena, começou nos anos a ser estudado em 1505 por Valentim Fernandes, que podemos considerar como o primeiro arqueólogo português, as escavações mandadas fazer pelo rei D. Manuel I para a implantação de uma torre de vigia puseram a descoberto as ruínas deste templo.

Após o século XVI e com o abandono do local e posterior cobertura natural do local, embora houvesse sempre uma ideia da sua existência, só já no ano de 2008 que o Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas, que tem como seu impulsionador o arqueólogo José Cardim Ribeiro, recomeçou as escavações junto de uma torre de facho de época Moderna que ainda se encontravam visíveis.

Sabemos que a época islâmica também por ali passou com o testemunho arquitetônico de um ribat, tendo sido, até agora várias salas e, numa delas destaca-se um mirhab orientado a Sudoeste, virtualmente no sentido de Meca.

Estas fotografias foram feitas no final de Julho de 2018, quando levei uns amigos a visitar este sitio arqueológico.

Até lá, não voltei, é minha predisposição volta ao sitio para fazer novas fotos, até porque este promontório não era desconhecido para mim.







É um local que recomendo a visitar, mas tenham o máximo cuidado no pisoteio das zonas em exploração arqueológica.
Fiquem e continuem a cuidar-se.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Recordando o "Pego do Inferno" em Tavira no passado

 Em 2011 visitei o "Pego do Inferno" em Tavira, que é uma das 3 cascatas, cascata do Pomarinho e a cascata da Torre, que se encontram no percurso da ribeira da Asseca, na freguesia de Santo Estevão. Já me tinham falado neste excelibre do sotavento algarvia, diziam-me que vinha populaça de todos os lados em romaria, de Espanha então eram aos magotes, não havia turista que não fosse lá ver ou tomar mesmo o seu banho de água doce, como se de um santuário se tratasse.

Bom! Lá decidimos procurar o caminho para tal santuário de água doce, esta visita por obra do destino aconteceu um ano antes do grande incêndio que destruiu todo o passadiço de acesso ao "Pego do Inferno" que aconteceu em 2012.

Mas, o mais estranho é que os sites que divulgam o turismo continuam a manter este local como um atrativo a visitar, mesmo que nesta altura os acessos sejam difíceis e perigosos.

existe também neste caso uma lenda que procura justificar o injustificável, ou seja os seus 7 metros de profundidade, e reza essa mesma lenda do "Pego do Inferno" de que certo dia uma carroça com os seus ocupantes e animais de tiro, se despenhou na lagoa, e que tudo desapareceu, constando que a lagoa não tinha fundo, enfim lendas.

Deixo-vos então aqui as imagens que serão para todo o sempre uma recordação de uma paisagem bela que ao que contam os "jornais de caserna" em Tavira que nunca foi reabilitado este local, não pelos custos dessa reabilitação, mas sim para proveito dos laranjais a montante, possivelmente nesta altura serão mais pomares de peras abacates ou outra qualquer fruta tropica, onde os algarvios procura a galinha dos ovos de ouro para enriquecerem.

Estas imagens são também a revolta pela destruição que vem acontecendo um pouco por todo o Alentejo da nossa riqueza arquitetônica que os nossos antepassados do Neolítico nos legaram.






















Para a posteridade aqui ficam algumas imagens do que foi outros um lugar de culto que deixou de existir por incuria ou maldade do "Homo Sapian".
Fiquem bem e continuem a cuidar-se.

sábado, 3 de outubro de 2020

Pela serra de Monchique - Vila de Monchique

A Vila de Monchique fica bem no centro de duas serras, Fóia e Picota, e entra para a história com a presença dos romanos nas Caldas de Monchique, atraídos pelas suas águas termais. Pela serra nos séculos seguintes por lá passaram os muçulmanos e posteriormente os reis de Portugal sendo lhe dada por D. Sebastião o estatuto de Vila, sendo já no séc. XVI Monchique um povoado bastante importante.
Chegados à Vila de Monchique fomos à procura do restaurante "A Charrette" onde fomos almoçar,e que já se fazia horas de saborear os sabores da serra e do mar. 

O escudo da cidade numa das paredes do edifício da Câmara Municipal de Monchique.

Imagens do interior do Restaurante "A Charrette".


Depois do repasto saímos à descoberta da Vila e para adquiri umas guloseimas para oferecer. 
A Igreja da Misericordiador de Monchique.


Só podemos apreciar a Igreja Matriz de Monchique, também conhecida como a Igreja de Nossa Senhora de Desterros, com a sua porta no estilo manuelino. O interior fica para uma próxima visita a Monchique.
Pelo caminho em direção ao centro fomos encontrando diversas estátuas.



Largo dos Chorões, tendo na sua parte central uma nora




E acabado este primeiro passeio por Monchique, retomamos à escadaria que nos iria levar de novo de volta à estrada, sem primeiro não poder assinalar a simpatia da artista que nos atendeu e vendeu uma peça de arte com que decidimos recordar a passagem pela vila, na Galeria MonChic, ali mesmo à esquerda da foto.
Pela serra de Monchique em direção a São Marcos da Serra para apanhar a nacional em direção a Sintra.

Uma pequena paragem para fazer uma pequena colheita de medronhos para fazer um licor com sabor a Monchique.
Fiquem bem e continuem a cuidar-se convenientemente.