segunda-feira, 17 de agosto de 2020

De visita ao Arquipélago das Berlengas

O Arquipélago das Berlengas e, Reserva Natural das Berlengas criado em 1891, tem ocupação desde o período Romano (Séc. I AC - Séc. V), tendo tido de novo ocupação na época moderna (Séc. XVI ) com a construção do Mosteiro da Misericórdia de São Jerônimo, para a Ordem de São Jerônimo, localizava-se onde hoje está o bairro dos Pescadores, em 1841 foi construído o Forte de São João Baptista, em 1841 o farol de nominado de Duque de Bragança, e essa ocupação vem até aos nosso dias.
Têm sido realizados neste século diversas explorações arqueológicas nomeadamente aquando de intervenções de melhoramentos na conservação do Bairro dos Pescadores, assim como na instalação de elementos de drenagem de efluentes do mesmo. basicamente do período romano foram recolhidos toros de ânforas, tanto no ancoradouro como ao largo, e em terra o que dá uma ideia precisa de o mesmo ancoradouro ter servido neste período de porto de passagem do comercio do Mediterrâneo para o norte do império Romano.
Mas deixemo-nos de história e fiquemos com a reportagem, possível, da viagem e receptiva visita ao Arquipélago das Berlengas.

Porto de embarque em Peniche, para uma viagem de cerca de 10 km, e uma duração que a mim me pareceu uma eternidade, mas foi ca. de 1 hora.
Como podem ver o nevoeiro voltou a não ser um entrave para a colheita de fotografias.
Em alto mar.
Começamos a subir para o topo da ilha.

Um dos muitos recortes da ilha.
O Bairro dos Pescadores, tendo lá no alto o que os arqueólogos designaram por sítio do moinho romano, ou o mais certo ter sido um farol romano, aqui foi erigido por D. Manuel I, V.



Gaivotas adultas e crias.

A existência desta construção que me leva a pensar que seria uma antiga cisterna, não encontrei dados precisos sobre ela.
O Farol mandado construir no ano de 1841.
Forte de São João Baptista, mendado construir por D. João IV em 1651.


A entrada para o forte.




Acabamos de dar uma pequena volta pelo forte.

É pena que os dejetos do forte sejam deitados ao mar, e não tenham investido numa pequena ETAR na ilha.
Aquela descida que me fez decidir ir de barco para o bairro dos Pescadores.

Depois de uma descida estenoante, ainda olhei para trás a ver se valia o esforço  do regresso pelo mesmo caminho, mas não, decidi arriscar uma volta de barco em redor da ilha e aportar onde o havia feito quando cheguei à ilha, valeu a pena e as fotos que se seguem são um bom exemplo disso.





De regresso como atrás disse ao ancoradouro da ilha, valeu a pena a viagem, e não fiquei mal disposto.

Do mais verde que jamais vi.
O aspecto do granito rosado das Berlengas como é composta toda a ilha, chamada também a ilha rosa.




Presumível posto de vigia.

Lá no alto situa-se o sítio romano do moinho, onde escavações arquelógicas detetam fundações e artefactos do período romano com ocupação nos períodos  séc. I AC e séc. V., possivelmente tratar-se ia de um farol.
De regresso ao barco que nos vai levar para o continente, mais precisamente Peniche, e desta vez correu melhor.
Desfrutem das fotos e, se tiverem curiosidade visitem-na que vale o sacrifício de andar de barco.
Fiquem bem e cuidem-se.

sábado, 15 de agosto de 2020

Por Alcobaça em direção a Rio Maior. (Parte III)

Ei-nos nas Salinas de Rio Maior, únicas salinas que se encontram no interior de Portugal, bem longe do mar, poderíamos falar em milagre, não da mão do homem mas da natureza. 
Em 1177 as minas foram adquiridas pela Ordem do Templo (Séc. XII), hoje são geridas por uma cooperativa salineira, embora seja natural que exploração fosse mais antiga, possivelmente já exploradas pelos Árabes (Séc. VIII-XII), ou mesmo anterior.
Mas, não tem nada de ato de milagre, o que acontece é que este sal nasce naturalmente de uma mina de sal-gema existente na Serra dos Candeeiros, resta dizer que este sal é diferente do extraído do mar, pois, é rico em potássio.
As salinas estão classificadas como imóvel de interesse público desde 1997 (DL n.º 67/97, DR. I.ª série-B, n.º 301 de 31/12/1997), tornando-se assim um polo turístico no centro de Portugal.

Os muitos talhos que se vislumbram até aos armazéns.


As antigas picotas com que, antes da mecanização, se retirava a água salgada para os talhos.

Os antigos armazéns de sal hoje transformados em lojas, onde o movimento de visitantes nacionais e estrangeiros se movimentam, dando vida ao local.


O poço de onde é extraída a água salgada.



A área comercial, onde desde a venda de sal aos restaurantes há de tudo.



A rua principal.


Os belos efeitos provocados pela preparação para a recolha do sal.
E tal como começamos com uma paisagem geral da salina, agora na abalada, com a ideia de que daqui fazíamos um pôr do Sol espetacular, e até á próxima, voltaremos de certeza para ver os presépios de sal.
Fiquem bem cuidem-se.

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Por Alcobaça em direção a Rio Maior. (Parte II)

Cá vamos nós em direção a Rio Maio, onde, o grande objectivo é visitar as Salinas de Rio Maior.
Na mensagem anterior tinha prometido falar no restaurante onde degustamos um comida serrana, pois meus amigos, estivemos a almoçar no Parque Naturam das Serras de Aires e dos Candeeiros, mais propriamente na aldeia de Chãos, mais propriamente no Restaurante Terras Chã, da Cooperativa para o Desenvolvimento Local.
Lá em baixo fica a Freguesia de Alcobertas, já por lá passamos,
Mas de momento estamos a ver algumas fotos da Aldeia de Chãos

Depois de termos degustado o galo, as espetadas, as migas, o bacalhau e o cabritos devidamente acompanhados e, perfeitamente confeccionados, aconselho vivamente uma visita à região mas acima de tudo ao restaurante.
Partimos à descoberta da aldeia e, encaminhamos serra a baixo em direção a Alcobertas.

Fizemos um pequeno desvio para visitarmos a aldeia dos Olhos de Água de Alcobertas, onde a nascente que lhe dá o nome brota do interior da terra.


A próxima paragem foi na Igreja Paroquial e Dólmen transformado em capela, onde o monumento megalítico foi acrescentado à igreja.   




Uma picota no meio de um terreno de cultura.
Visitamos também os Silos Medievais e o Forno Medieval de Alcobertas.







E chega a visita de Alcobertas, rumamos agora em direção a Rio Maior para visitar as salinas.
Fiquem bem e cuidem-se.