sábado, 31 de outubro de 2020

O castelo de Castro Marim, a sua sala de torturas e o museu de arqueologia... (Parte II)

Em 2018, numa das muitas visitas a Castro Marim decidi aprofundar, fotograficamente, melhor o que a história arqueológica e medieval, no castelo localizam-se dois núcleos museológicos, arqueológico e o da inquisição, nos contavam. Com uma leitura mais complementar ficamos a saber que por aqui passaram, além dos povos do período do neolítico, fenícios, cartagineses, gregos, romanos, visigodos e árabes. 

O castelo de Castro Marim edificado possivelmente sobre um castro ou povoado do período neolítico e, posteriores ocupações até ser definitivamente ocupado pelos portugueses após a conquista desta praça forte por D. paio Peres Correia em 1242.

É-lhe concedida cartas de foral nos anos de 1277, D. Afonso II, em 1282, por D. Dinís, que reforça as muralhas, ampliando o castelo com a muralha de fora, em 1504, D. manuel doa-lhe nova carta de foral, sofre de novo obras de restauro.
Foi também sede da Ordem de Santiago entre 1319 e 1358, ano em que foi por indicação de D. Pedro I transferida para Tomar.
Já chega de história vamos lá á visita, este é o núcleo museológico que nos mostra quem viveu neste território desde o Período do Neolítico
Mas primeiro vamos ver das muralhas as vistas para os sapais de salinas que se estendem até ao rio Guadiana, para lá dele é Espanha.



Vamos entrar no núcleo museológico de arqueologia/história.






Saímos do museu e vamos então ver as vistas que ficam para além das muralhas do castelo.
Podemos ver também que a exploração arqueológica prossegue.
Algo de  estranho são aqueles pombais que certamente poluiem as salinas.
Em direção à saída
Ruínas de uma qualquer dependência do castelo.
Estamos de saída.
Espero que tenham gostado desta pequena amostra do que é o interior do castelo e o seu museu de arqueologia.
Fiquem bem e cuidem-se

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

O castelo de Castro Marim, a sua sala de torturas e o museu de arqueologia... (Parte I)

 Em 2018, numa das muitas visitas a Castro Marim decidi aprofundar, fotograficamente, melhor o que a história nos tinha para contar no espaço temporal que medeia o Período Neolítico e a Idade Meia, no castelo localizam-se por isso dois núcleos museológicos, o arqueológico e o da inquisição. Com uma leitura  complementar ficamos a saber que por aqui passaram, além dos povos do período do neolítico,  passaram fenícios, cartagineses, gregos, romanos, visigodos e árabes. 

castelo de Castro Marim edificado possivelmente sobre um castro ou povoado do período neolítico e, posteriores ocupações até ser definitivamente ocupado pelos portugueses após a conquista desta praça forte por D. paio Peres Correia em 1242.

É-lhe concedida cartas de foral nos anos de 1277, D. Afonso II, em 1282, por D. Dinís, que reforça as muralhas, ampliando o castelo com a muralha de fora, em 1504, D. manuel doa-lhe nova carta de foral, sofre de novo obras de restauro.
Foi também sede da Ordem de Cristo entre 1319 e 1358 por desejo de D. Dinís, ano em que foi por indicação de D. Pedro I transferida para Tomar.


Já chega de história vamos lá á visita, começamos pelo núcleo museológico que nos mostra as barbaridades aplicadas pela Igreja durante a Inquisição, actualmente noutro polo museológico dentro do castelo, no paiol.

Vamos entrar na antiga igreja do castelo, a Igreja de Santiago, hoje local onde se encontra o legado funesto da Inquisição.
Na igreja de Santiago encontra-se por esta altura uma exposição relacionada com a Ordem de Cristo, que teve no castelo de Castro Marim a sua primeira sede.
As imagens dispensam comentários, dada a sua demonstração de violência, é só uma pequena parte do espólio.









Na segunda parte iremos ver o núcleo museológico de arqueologia, as muralhas do castelo e a zona envolvente com as suas salinas e sapai, à distância de um clic.
Fiquem bem e cuidem-se ...

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Sítio Arqueológico do Alto da Vigia na Praia das Maçãs - Colares/Sintra

O Sítio Arqueológico do Alto da Vigia, contem as ruínas de um Santuário Romano dedicado na antiguidade pelos romanos primeiramente ao Sol e ao Mar, e mais tarde por conveniência à Lua, localizado num promontório entre a praia das Maçãs e a praia Pequena, começou nos anos a ser estudado em 1505 por Valentim Fernandes, que podemos considerar como o primeiro arqueólogo português, as escavações mandadas fazer pelo rei D. Manuel I para a implantação de uma torre de vigia puseram a descoberto as ruínas deste templo.

Após o século XVI e com o abandono do local e posterior cobertura natural do local, embora houvesse sempre uma ideia da sua existência, só já no ano de 2008 que o Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas, que tem como seu impulsionador o arqueólogo José Cardim Ribeiro, recomeçou as escavações junto de uma torre de facho de época Moderna que ainda se encontravam visíveis.

Sabemos que a época islâmica também por ali passou com o testemunho arquitetônico de um ribat, tendo sido, até agora várias salas e, numa delas destaca-se um mirhab orientado a Sudoeste, virtualmente no sentido de Meca.

Estas fotografias foram feitas no final de Julho de 2018, quando levei uns amigos a visitar este sitio arqueológico.

Até lá, não voltei, é minha predisposição volta ao sitio para fazer novas fotos, até porque este promontório não era desconhecido para mim.







É um local que recomendo a visitar, mas tenham o máximo cuidado no pisoteio das zonas em exploração arqueológica.
Fiquem e continuem a cuidar-se.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Recordando o "Pego do Inferno" em Tavira no passado

 Em 2011 visitei o "Pego do Inferno" em Tavira, que é uma das 3 cascatas, cascata do Pomarinho e a cascata da Torre, que se encontram no percurso da ribeira da Asseca, na freguesia de Santo Estevão. Já me tinham falado neste excelibre do sotavento algarvia, diziam-me que vinha populaça de todos os lados em romaria, de Espanha então eram aos magotes, não havia turista que não fosse lá ver ou tomar mesmo o seu banho de água doce, como se de um santuário se tratasse.

Bom! Lá decidimos procurar o caminho para tal santuário de água doce, esta visita por obra do destino aconteceu um ano antes do grande incêndio que destruiu todo o passadiço de acesso ao "Pego do Inferno" que aconteceu em 2012.

Mas, o mais estranho é que os sites que divulgam o turismo continuam a manter este local como um atrativo a visitar, mesmo que nesta altura os acessos sejam difíceis e perigosos.

existe também neste caso uma lenda que procura justificar o injustificável, ou seja os seus 7 metros de profundidade, e reza essa mesma lenda do "Pego do Inferno" de que certo dia uma carroça com os seus ocupantes e animais de tiro, se despenhou na lagoa, e que tudo desapareceu, constando que a lagoa não tinha fundo, enfim lendas.

Deixo-vos então aqui as imagens que serão para todo o sempre uma recordação de uma paisagem bela que ao que contam os "jornais de caserna" em Tavira que nunca foi reabilitado este local, não pelos custos dessa reabilitação, mas sim para proveito dos laranjais a montante, possivelmente nesta altura serão mais pomares de peras abacates ou outra qualquer fruta tropica, onde os algarvios procura a galinha dos ovos de ouro para enriquecerem.

Estas imagens são também a revolta pela destruição que vem acontecendo um pouco por todo o Alentejo da nossa riqueza arquitetônica que os nossos antepassados do Neolítico nos legaram.






















Para a posteridade aqui ficam algumas imagens do que foi outros um lugar de culto que deixou de existir por incuria ou maldade do "Homo Sapian".
Fiquem bem e continuem a cuidar-se.